segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

BIOLOGIA DA CONSTRUÇÃO "Polinização, Natureza Trabalhando, Não Atrapalhe"

 
 


Natureza trabalhando...


COLISÃO DE AVES! Como assim....

EMBORA fosse dia, um pica-pau em pleno vôo bateu num arranha-céu e caiu no chão. A ave não viu a vidraça. Um pedestre bondoso encontrou-a atordoada e cuidou dela até que recobrasse os sentidos. Ele ficou feliz quando a ave piou, ergueu-se, eriçou suas penas e saiu voando.

Infelizmente, nem todas as aves sobrevivem a uma colisão como essa. De fato, daquelas que colidem com casas, cerca da metade morre. Pesquisas indicam que, só nos Estados Unidos, mais de 100 milhões delas morrem por ano depois de colidir com prédios de todos os tipos, diz a Sociedade Audubon. E alguns pesquisadores acreditam que esse número talvez chegue a quase 1 bilhão! Mas por que essas colisões? O que pode ser feito para impedi-las?
Os assassinos — vidro e luz

Vidro significa perigo para as aves. Quando as janelas estão limpas e transparentes, as aves geralmente só conseguem ver o que está do outro lado, como o céu e plantas. Em resultado disso, acabam colidindo contra o vidro com toda a força. Elas talvez vejam plantas decorativas dentro de casas ou de saguões e tentam pousar nelas.


Vidros laminados ou espelhados também podem causar problemas. Em certas condições, as aves talvez vejam, não o vidro, mas o reflexo dos arredores ou do céu, e nesse caso também se machucam. Elas morrem até mesmo em santuários para aves e em refúgios para a vida selvagem ao colidir com vidros nas instalações de tais lugares. O Dr. Daniel Klem Jr., ornitologista e professor de biologia, acredita que mais aves morrem por colidir com janelas do que por qualquer outra causa relacionada a atividades humanas — exceto talvez por causa da destruição do habitat delas.

Algumas aves são especialmente propensas a colisões. A maioria dos pássaros canoros migratórios, por exemplo, voa para seu destino à noite e se orienta, em parte, por meio das estrelas. Em resultado disso, eles talvez fiquem confusos com as luzes brilhantes de prédios altos. De fato, alguns pássaros chegam a ficar tão desorientados que voam sem rumo até caírem de cansaço. Um outro perigo são as noites chuvosas ou nubladas. Em tais ocasiões, as aves tendem a voar em altitudes baixas, o que aumenta o risco de colidirem com prédios altos.
Prédios mais seguros para as aves?

Para evitar colisões com vidraças, as aves precisam vê-las e reconhecê-las como um objeto sólido. Para esse fim, alguns moradores usam adesivos ou outros recursos bem visíveis em janelas sujeitas a colisões de aves, embora isso obstrua a visão deles. De acordo com o Dr. Klem, o que importa não é o desenho dos adesivos em si, mas o espaçamento entre eles. Sua pesquisa sugere que as figuras não devem ficar mais do que 5 centímetros de distância umas das outras em sentido horizontal e 10 centímetros em sentido vertical.

O que pode ser feito para ajudar as aves migratórias que voam à noite? “As colisões com prédios à noite   . . . em grande parte são evitáveis por apenas apagar as luzes”, disse Lesley J. Evans Ogden, uma especialista em pesquisa ecológica. Em algumas cidades, luzes decorativas em arranha-céus agora estão sendo apagadas ou tendo sua intensidade diminuída em certa hora da noite, especialmente durante a estação migratória. Em outros casos, redes foram instaladas em janelas de prédios altos a fim de que as aves não confundam os reflexos com o céu.

Essas medidas podem representar uma redução de até 80% nas mortes, salvando milhões de aves por ano. Mas o problema principal provavelmente não vai desaparecer, porque as pessoas gostam muito de luzes e vidraças. Sendo assim, as organizações dedicadas ao bem-estar das aves como a Sociedade, estão tentando convencer arquitetos e construtoras a serem mais sensíveis às necessidades do mundo natural.


Os assassinos se multiplicam "magnetismo artificial"

Mediante fatos ocorridos de aves, seres marínhos ficarem desorientados, uma camada magnética artificial muito densa a cada dia é somada em nossa nosfera, porporcionando tal efeito nos seres vivos em suas rotas migratórias, nossa tecnologica avança com uma dinâmica multipla supreendente, o que será dos seres vivos desse planeta, tais seres precisam viver em conjunto, produção de alimentos, processos biologicos, a natureza precisa trabalhar, não interrompa, pois estaremos quebrando toda um processo de vida biologica, "quem esta no comando".
O planeta biológico precisa se interagir, somente essa interação pode reequilibrar as estruturas biológias e não quebrar processo de evolução, as plantas precisam dos insetos para sua polinização, aves precisam comer sementes para que possam germinar e nascer arvores frondosas, arvores precisam permanecer para nos alimentar,  quando se quebra essa cadeia alimentar, tudo se perde, tudo morre, tudo deixa de existir, um planeta morto em matéria viva.

Durante a estação migratória, apenas um alto prédio em Chicago, Illinois, EUA, causou em média cerca de 1.480 mortes, de acordo com um relatório. Assim, durante um período de 14 anos consecutivos, umas 20.700 aves morreram por causa daquele único prédio. É claro que o total de aves que colidiram com o prédio foi bem maior. E não estamos falando de “pombos, gaivotas ou gansos”, mas de “aves ameaçadas de extinção”, disse Michael Mesure, diretor do Programa de Alerta para a Luz Fatal, em Toronto, Canadá.

Por exemplo, em um ano recente na Austrália, as vidraças mataram cerca de 30 periquitos-andorinha, espécie que conta agora com apenas 2 mil exemplares. Nos Estados Unidos, muitas espécimes do gorgeador-de-bachman, ave vista agora praticamente apenas em museus, foram encontradas depois de colidir com um farol na Flórida.

Das aves que sobrevivem a uma colisão, muitas ficam feridas ou fracas. Isso é perigoso principalmente para aves migratórias. Se elas caírem dentro de uma área com muitos prédios, podem morrer de fome ou servir de alimento para outros animais, alguns dos quais aprenderam a se aproveitar dessa fonte de comida ocasional.

Consultoria e Projetos 
Arquitetura e Biologia da Construção
"Princípios da arquitetura saudável e biológica em projetos"

Welton Santos
espec. arquiteto e biólogo da construção
São Paulo - SP - Brasil